Capítulo 1 - Como eu te odeio!
Acordei com meu relógio despertando. Eram seis horas da manhã e eu tinha
que ir para o primeiro dia de aula no colégio. Arrumei-me, tomei um
café rápido e fui até a garagem pegar o carro que minha mãe havia me
dado de presente de Natal;
Ele era muito lindo. Simples, porém lindo.
Liguei o carro e pensei:
"Será que dessa vez vai ter algo de
diferente nesse colégio tão tedioso? Sempre com as mesmas pessoas, já
fazem três anos e não vai acontecer nada de novo? Poxa! Eu estou no
último ano do colégio!" – e fui imaginado meu primeiro dia de aula até chegar
ao colégio.
-Demetria! – gritou minha melhor amiga ao me ver chegando.
- Oi, Vanessa! – eu sorri abraçando-a e ela me retribuiu – Como foi com o Harry?
- Foi maravilhoso! Sabia que estamos namorando? – ela me perguntou com
um sorriso imenso estampado no rosto e eu fiquei muito feliz por ela.
- Sério? Conte-me TUDO! – disse e levei-a para uma mesa. Harry já foi meu melhor amigo então eu sabia que ele sempre gostou muito da Vanessa, mas ele começou a andar com uns garotos muito irritantes que zoavam tudo e todos. Um deles era o Joseph
Jonas, como eu odiava esse garoto! Ele me irritava sempre que podia, só
porque sempre conseguia se safar dos castigos do diretor. Os outros: Diego e Justin nunca me perturbavam, então
eu não tinha muito que dizer sobre eles.
Assim que Vanessa me contou o que aconteceu naquele sábado com o Harry fomos ver em que sala estávamos:
- O QUE? NA MESMA SALA QUE O JONAS
? – eu entrei em transe quando vi meu nome e um pouco mais em baixo escrito o nome do Joseph, porém fiquei um pouco feliz em ver que o nome de Vanessa também estava ali.
- É lindinha, esse ano estou com você – ele disse me mandando um beijo.
Saiu e rindo da minha cara de taxo quando o percebi atrás de mim.
- Demi, eu vi isso mesmo? Ele está na mesma sala que você? – Vanessa chegou e começou a ver a lista de nomes. – Isso não vai prestar.
- COMO EU ODEIO ESSE GAROTO! – sai dali e fui direto para a sala escolher um lugar bem longe dele.
Sentei de um canto e ele de outro. Ora eu prestava atenção na aula, ora
conversava e fui assim até a metade da aula quando recebi um bilhete:
Demetria meu amor...
Está gostando de me ter na sua sala?
Nós estamos tão separados! Quer que eu troque de lugar com alguém para
você ficar perto de mim, gata? A gente não se fala mais como antes! Ah,
antes... Era tudo tão diferente!
Joseph.
Li e fiquei com uma vontade
imensa de amassar o papel e fingir que nada aconteceu, mas escrevi apenas uma palavra:
MORRA!
Olhei para ele com o canto do olho o vendo lendo e depois deu uma gargalhada.
- Sr. Jonas, pare de rir ou eu te boto para fora de sala! – disse a professora, irritada por ter sua aula atrapalhada mais uma vez.
Que amor! Adoro quando você faz isso comigo, sabia?
Dessa vez fiz o que queria: Peguei o papel e amassei. Olhei para o lado
disfarçadamente e ele estava olhando pra mim com um sorriso no rosto.
Depois disso eu o ignorei até o final do tempo, quando começou o
intervalo e todos saíram, fui com a Vanessa dar uma volta no pátio.
- Ai Van, ele é muito irritante! Não sei mais o que eu faço! Eu fiquei os dois tempos de
física sem prestar atenção na professora porque aquele traste ficava me mandando
bilhete.
- Mas você respondia, então podemos dizer que você gosta, Demi! – Vanessa provocava.
- Não gosto Vanessa, não mais – disse envergonhada. Vanessa começou a rir. Nesse momento passava Joseph e seu grupinho de idiotas. Joseph me encarava.
- Oi, minha linda. – Harry cumprimentava Vanessa com um beijo enquanto eu olhava ao redor.
Vi que Joseph ainda me encarava e isso estava me deixando nervosa.
- Vou dar uma volta, Van. – eu disse saindo e tirando meu mp4 do bolso da calça. Andei até um banco que estava vazio e liguei-o,
estava tocando
"American Idiot" do Green Day. Comecei a cantar e me
distrai até que quase no final da música vejo uma sombra na minha frente.
- O que você ta fazendo aqui, Jonas? – disse tirando o fone do ouvido.
- A Vanessa está te chamando, ela me mandou vir aqui te buscar – Joseph disse indiferentemente.
-Ok, mas eu vou ficar aqui até o sinal tocar. – e foi só eu terminar a frase que o sinal tocou.
- Ér... – ele disse apontando para onde saia o som do sinal. Nós rimos muito indo em direção a sala.
Passei os outros tempos prestando mesmo atenção na aula e até esqueci que Jonas
estava na mesma sala que eu. O sinal tocou e eu fui direto para casa de carro. E
assim foram os dias, todo iguais, até que chegou sábado.
- O shopping está marcado mesmo, não é Vanessa? – estávamos no telefone.
- Claro! Vou chamar o Harry, tá?
- Tá.
- Vou ligar para ele, Demi.
- Ok, amiga. – e desliguei o telefone.
- Demi! – Vanessa veio me abraçar quando cheguei ao lugar que havíamos marcado.
- Oi ami... – parei quando vi Joseph em minha frente. Por que ele estava aqui? Certo, a Van não ia me deixar segurando vela o shopping inteiro, mas precisava chamar
ele?
- Ér, oi – Joseph disse assim que percebeu que eu o encarava.
- Vamos ver que filme, povo? – Vanessa disse animada.
- Espera um minuto, linda. Ainda falta o Justin. – Harry disse segurando-a pelo braço.
- Nós vamos comprar o ingresso enquanto vocês compram a pipoca. – Van apontou
para ela e Harry e depois pra gente.
- Ok – Joseph disse indiferentemente.
Nós ficamos em silêncio o tempo todo e isso me deixava angustiada por algum motivo, foi estranho.
- E aí, comprou tudo? – Justin apareceu atrás da gente, nossa eu levei um susto.
- Sim, vamos? – Jonas pegou a pipoca e eu o refrigerante.
Chegamos até Vanessa e Harry, pegamos os ingressos e fomos para a sala.
"Oh! Eu te amo você sabe disso. Oh, amor!" – a personagem principal do filme
dizia. Coloquei a mão no saco de pipoca e não tinha mais nada.
- Acabou? – eu disse para mim mesma olhando para o saco de pipoca, depois levantei a cabeça e Joseph ria da minha cara – Que foi? – perguntei que nem uma idiota.
- O seu pacote de pipoca ta aqui, idiota! – ele apontou para um pacote
cheio – Esse é o meu – ele ainda ria de mim enquanto o olhava irritada.
- JONAS, EU TE ODEIO! – eu gritei e todos me mandaram ficar em silêncio fazendo-o rir mais um pouco.
- Vai querer a pipoca, Lovato? – ele tentou imitar minha voz quando digo
seu sobrenome e pegou uma pipoca do meu pacote. Fiz cara de ódio e
peguei minha pipoca.
Saímos do shopping e logo que cheguei em casa eu arrumei as coisas para
aula de amanhã. Assim que acordei peguei tudo e liguei o carro.
Cheguei ao colégio e Vanessa estava em uma rodinha com Harry, Justin, Diego e Jonas.
- Oi – disse nem um pouco animada e Joseph me olhou.
- Oi, Lovato – ele imitou novamente minha voz.
- Cala a boca, Jonas – dei um sorriso irônico.
- Vocês não param de brigar, não? – Diego perguntou assustado.
- Se ele parasse de me encher – dei outro sorriso sarcástico.
- Ou seja, nunca? – ele riu dele mesmo.
- Eu já disse que te odeio?
- Ontem no cinema, na verdade gritou para o mundo inteiro ouvir. – ele relembrou a cena.
- Cala a boca, Jonas! – Justin e Diego riram, Vanessa e Harry saíram de perto abraçados.
- Ela me ama, cara – Joseph batia no ombro de Justin que ria mais ainda. O sinal
tocou e fomos para a sala. Dessa vez Jonas sentou mais perto de mim e eu fiquei
irritada, mas estranhamente feliz.
Oi senhora histérica!
Gostou do cinema ontem?
Joseph.
Li e logo começei a respondê-lo.
Tirando a parte que você me irrito? Foi muito bom! Agora:
DEIXE-ME EM PAZ!
Ele riu e isso me irritou mais um pouco. A professora começou:
- Temos um trabalho em dupla, escolhida por mim. Vocês terão que criar uma música
- Vamos começar? - e ela foi criando os grupos – Demetria com... – ela examinava os alunos – Vanessa, Joseph com Harry, Bree com Riley, Kate com Brain. Podem começar.
- Ai, eu to com você, Demi! – Van parecia feliz e eu dei um sorriso – Como vamos começar?
- O que você sabe tocar, Van?
- Violão. Serve? – ela disse sem saber o que fazer
- Sim. – e sorri.
Capítulo 2 - 1, 2, 3, 4... I Love You!
- E então? Já prepararam tudo? – a professora perguntou depois de uma semana. –
Vamos nos apresentar, ok? – Então vários grupos se apresentaram e agora era nossa vez:
- Bom dia, nós vamos cantar
My number one.
You are my number one
(você é meu numero um)
You’re my golden star
(Você é minha estrela dourada)
I look at earth from here
(Eu olho a terra daqui)
Still you don’t seem so far
(Não lhe parece tão longe?)
But you will never know (you will never know)
(Mas você nunca vai saber)(você nunca vai saber)
Oh you will never know
(Oh você nunca vai saber)
Oh oh oh oh oOoh oh oh
(Oh oh oh oh oh oh oh)
Oh I will never admit that I
(Oh Eu nunca vou admitir que eu)
Oh oh oh oh oOoh oh oh
(Oh oh oh oh oh oh oh)
Oh I will never admit that I
(Oh Eu nunca vou admitir que eu)
Oh oh oh oh oOoh oh oh
(Oh oh oh oh oh oh oh)
Oh I will never admit that I
(Oh Eu nunca vou admitir que eu)
Oh oh oh oh oOoh oh oh
(Oh oh oh oh oh oh oh)
Joseph olhava fixamente para mim e eu também não tirava os olhos dele.
Tinha uma sensação estranha em mim, eu não conseguia parar de olhá-lo.
Do you think of me
(O que você acha de mim?)
And do you wonder
(Se importa comigo?)
If we could ever be
(Se nós pudessemos)
We're dying under
(voltar atrás)
Because we will never know (we will never know)
(Por que nós nunca vamos saber)(nós nunca vamos saber)
Until I see you show through
(Até eu ver você mostrar de verdade)
Oh oh oh oh oOoh oh oh
(Oh oh oh oh oh oh oh)
Oh I will never admit that I
(Oh Eu nunca vou admitir que eu)
Oh oh oh oh oOoh oh oh
(Oh oh oh oh oh oh oh)
Oh I will never admit that I
(Oh Eu nunca vou admitir que eu)
Oh oh oh oh oOoh oh oh
(Oh oh oh oh oh oh oh)
Oh I will never admit that I
(Oh Eu nunca vou admitir que eu)
Oh oh oh oh oOoh oh oh
(Oh oh oh oh oh oh oh)
I…
(Eu…)
Era estranho, pois eu queria abraçá-lo. Com certeza eu não faria isso, ele me odeia e eu o odeio também...
Então por que isso estava acontecendo?
I wish I could tell you how I feel
(Eu desejaria contar a você como me sinto)
And show you what’s inside of me is real
(E mostrar a você que o que há dentro de mim é real)
I don’t know what I’m waiting for Yeah
(Eu não sei por que eu estou esperando)
Can’t explain it anymore
(Não posso explicar mais)
Yeah
(Yeah)
Oh oh oh oh oOoh oh oh
(Oh oh oh oh oh oh oh)
Oh I will never admit that I
(Oh Eu nunca vou admitir que eu)
Oh oh oh oh oOoh oh oh
(Oh oh oh oh oh oh oh)
Oh I will never admit that I
(Oh Eu nunca vou admitir que eu)
Oh oh oh oh oOoh oh oh
(Oh oh oh oh oh oh oh)
I…
(Eu…)
Oh oh oh oh oOoh oh oh
(Oh oh oh oh oh oh oh)
And I love
(E eu amo)
Oh oh oh oh oOoh oh oh
(Oh oh oh oh oh oh oh)
Oh oh oh oh oOoh oh oh
(Oh oh oh oh oh oh oh)
And I love
(E eu amo)
Será que essa sensação estranha é...? Não! Será que eu...
I love you
(Eu amo você)
No final todos aplaudiram e eu fiquei paralizada, eu pretendo esquecer o que eu pensei.
- Agora, para finalizar: Harry e Joseph – a professora os chamavam.
- Bom dia, alunos! A nossa música se chama "
1, 2, 3, 4" – Harry fez os gestos de um, dois, três e quatro com a mão.
1, 2, 1, 2, 3, 4
(1, 2, 1, 2, 3, 4)
Give me more love than I've ever had
(Me dê mais amor do que eu já tive)
Make it all better when I'm feeling sad
(Faça tudo ficar melhor quando eu estiver me sentindo triste)
Tell me that I'm special even when I know I'm not.
(Diga-me que sou especial até mesmo quando eu sei que não sou)
Make it feel good when I hurt so bad,
(Faça-me sentir bem quando estou machucado de mais)
Barely gettin' mad
(Raramente ficando chateadao)
I'm so glad I found you.
(Eu estou tão contente que te encontrei)
I love being around you.
(Eu amo estar perto de você)
You make it easy,
(Você torna isso fácil)
As easy as 1, 2... 1, 2, 3, 4.
(Tão fácil quanto 1, 2, 1, 2, 3, 4)
There's only 1 thing
(Há apenas 1 coisa)
2 do, 3 words
(2 fazer, 3 palavras)
4 you.
(4 você)
I love you (I love you)
(Eu te amo )(eu te amo)
Joseph fazia um, dois, três e quatro com a mão.
There's only 1 way
(Há apenas uma maneira)
2 say those 3 words
(De dizer aquelas três palavras)
That's what I'll do.
(É isso que vou fazer)
I love you (I love you)
(Eu te amo )(eu te amo)
Give me more love from the very start
(Me dê mais amor desde o início)
Piece me back together when I fall apart,
(Recomponha-me quando eu estiver desmoronando)
Tell me things you never even tell your closest friends.
(Conte-me coisas que você jamais contou aos seus amigos mais próximos.)
Give me more love than I've ever had
(Me dê mais amor do que eu já tive)
Make it all better when I'm feeling sad
(Faça tudo ficar melhor quando eu estiver me sentindo triste)
Tell me that I'm special even when I know I'm not.
(Diga-me que sou especial até mesmo quando eu sei que não sou)
Make it feel good when I hurt so bad
(Faça-me sentir bem quando estou machucado demais)
Barely gettin' mad
(Raramente ficando chateadao)
I'm so glad I found you.
(Eu estou tão contente que te encontrei)
I love being around you.
(Eu amo estar perto de você)
Eu estava olhando para o Harry e de repente olhei para Jonas e vi que ele me olhava também, deviei o olhar na hora e corei.
You make it easy
(Você torna isso fácil)
As easy as 1, 2... 1, 2, 3, 4.
(Tão fácil quanto 1, 2, 1, 2, 3, 4)
There's only 1 thing,
(Há apenas uma coisa)
2 do, 3 words,
(A fazer, três palavras)
4 you.
(Para você)
I love you (I love you)
(Eu te amo )(eu te amo)
There's only 1 way,
(Há apenas uma maneira)
2 say those 3 words
(De dizer aquelas três palavras)
That's what I'll do.
(É isso que vou fazer)
I love you (I love you)
(Eu te amo )(eu te amo)
I love you (I love you)
(Eu te amo )(eu te amo)
1, 2, 3, 4
(1, 2, 3, 4)
I love you (I love you)
(Eu te amo )(eu te amo)
I love you (I love you)
(Eu te amo )(eu te amo)
- Ok, acabou o tempo! Todos para o intervalo – a professora disse e o sinal tocou fazendo todos saírem.
- Gostaram da música? – Vanessa se aproximou do Harry e Jonas.
- Estava lindo, amor! – Harry a abraçou. Diego e Justin se aproximaram de nós, era estanho o modo que Justin olhava para mim, isso estava me incomodando – Já tiveram a aula de música? – Harry se virou para eles.
- Ainda não, cara – Diego fez cara de triste – Mas nós vamos cantar American Idiot.
- Sério? Eu amo essa música! – passei a prestar mais atenção na conversa.
- Jura? Eu também – Justin se aproximou de mim com cara de sedutor.
- Ér – pigarreei – Ela é muito boa. Vou dar uma volta – e saí. Procurei alguém que conhecia e comecei a conversar com ela, Joseph não disse nada a conversa inteira. O que
aconteceu? Aah, Demetria, para de pensar nesse garoto idiota! Ele não
presta e você sabe disso! Procurei um banco e fiquei ali, pensando na
vida até que senti alguém sentando ao meu lado.
- Oi, Lovato. Você sumiu!
- É... Eu queria dar uma volta... – passei a mão no cabelo.
- Eu queria te fazer uma perguntar... – ele também mexeu no cabelo
- Pode falar.
- Quer sair comigo nesse sábado? - comigo? Mas, mas, mas...
ele? Como assim? Bom, pensando bem não seria uma má ideia, eu estou tentando mesmo esquecer aquele babaca do Jonas, então...
- Ok, por que não? – sorri e ele também.
- Está marcado então! – o sinal tocou e voltamos para a aula.
Mas, você aceitou o convite?
Estava conversando com Vanessa por bilhete.
Sim, vamos sábado.
É mesmo uma boa ideia, Demetria?
É sim, Van relaxa!
Ela leu e guardou o bilhete.
Ocupada sábado, Demetria?
Beijos, Joseph.
Sim, por quê?
Nada, Honey.
Li e guardei o bilhete também.
Chegando sábado me encontrei com ele em uma lanchonete.
- Oi, Demi! – ele estava lá me esperando.
- Justin! – fui ao seu encontro.
- Vamos sentar? – ele apontou para uma mesa.
- Claro, vamos! – fui em direção a mesa, ficamos ali sentados por um tempo até que vejo alguém familiar.
Espera aí! Eu conheço aquele cabelo, aquele rosto... Joseph? O que... O QUE ELE FAZ AQUI?
- Hey, aquele não é o Joseph? – Justin perguntou – HEY CARA, VEM CÁ – ele o chamou e Joseph olhou para mim com uma cara confusa de “oque você faz aqui e ainda mais com ele?”. Jonas foi se aproximando e nos cumprimentou.
- E ai irmão, tudo bem? – ele bateu no ombro do Justin – Oi – se virou para mim me cumprimentando. Eu o cumprimentei também.
- Fala, cara, tudo ótimo e contigo? – Justin respondeu.
- Bem – Jonas ainda me olhava, eu desviei o olhar e ele também – O que vocês fazem aqui?
- Dando uma voltinha – disse rapidamente.
- Hmmm... – Joseph colocou as mãos no bolso.
- E você? – Justin deu sinal de vida.
- Passeando também – Jonas deu de ombros.
- Junte-se a nós – Justin pegou uma cadeira para ele e eu fiquei em silêncio.
- Ok, mas não quero atrapalhar – ele disse olhando para mim.
- Que isso! Vai atrapalhar não – tentei ser simpática e ele sorriu levemente.
Capítulo 3 - A senhorita Histérica
- Ok então. – Joseph ainda estava rindo.
- O que vamos comer? – Justin tentou puxar assunto, acho que seria a melhor maneira, então eu o ajudei:
- Hmmm... Quem sabe uma comida japonesa? – eu levantei dedo como se tivesse tido a melhor ideia do mundo. Justin fez cara de nojo quando disse “comida japonesa”.
- Italiana? – ele deu outra opção.
- Ah, é tudo comida – Jonas deu de ombros e eu soltei um sorriso com a situação. Ele olhou para mim e eu senti meu rosto corar, então virei para Justin para que ele não visse que eu estava assim – O que houve senhorita histérica?
- Para de me chamar assim, Jonas! – olhei para ele e meu rosto parou de corar formando uma cara de ódio. Ele me olhou assustado, mas depois riu fazendo Justin rir também.
- Mas como você sabia que a gente estava aqui, Joseph? – Justin tentou mais uma vez puxar assunto e Joseph abaixou a cabeça enquanto eu olhava os dois.
- Eu não sabia – Joseph levantou a cabeça e sorriu para ele. Eu o olhei estranho.
- Ok. Eu preciso ir ao banheiro. – Justin se levantou e saiu andando até o banheiro masculino me deixando sozinha com o Joseph.
- Ér... – Jonas coçou a cabeça e eu sorri para ver se descontraia o clima. – Não estou atrapalhando mesmo?
- Não!
- Ér, vou dar uma voltinha ali fora e já volto. – Ele se levantou e me deixou sozinha na mesa. Depois de um tempo Justin voltou e reparou que eu me encontrava sozinha.
- Cadê o dude? – ele olhou em volta e não encontrou ninguém.
- Foi dar uma volta.
- Chama ele que eu vou pedir a comida, ok?
- Tá – disse indiferentemente e saí a procura do Joseph, quando o
encontrei sentado em um banco perto de uma caixa de areia para crianças
brincarem com a cabeça baixa. Me aproximei um pouco mais e eu acho que
ele não havia
percebido que eu estava ali. Fui se aproximando cada vez mais e percebi
que ele estava desenhando na areia. Cheguei um pouco mais perto e vi que
o desenho era na verdade o meu nome. Fiquei totalmente paralisada. Meu
nome? Por que ele escreveria o meu nome na areia? Fiquei me perguntando
por um bom tempo o que seria aquilo, estava a uns
dois metros dele, mas tinha certeza que aquilo na areia era meu nome.
Isso fez com que eu me
arrepiasse. Dei mais um passo e ele finalmente percebeu que eu estava
ali. Olhou fixamente para mim e depois limpou rapidamente o desenho na
areia.
- Que foi, Demetria? – ele me perguntou como se não tivesse acontecido nada.
- Eu... Eu... – continuei olhando para a areia e depois levantei a cabeça, ele estava me olhando confuso. – O Justin está te chamando. Ele... –
eu não conseguia achar as palavras. – Ele quer que a gente escolha o que comer. – consegui terminar a frase.
- Tá, vamos – ele se levantou – Nossa, eu to com fome – Edgar colocou a
mão na barriga como se ela estivesse roncando e eu ri. – Vem, vamos lá. –
ele passou o braço por cima do meu ombro e eu o olhei – Sabia que você
era mais chata antigamente?
- JONAS! – Gritei seu sobrenome e eu riu, ainda com os braços por cima
do meu ombro. Será que eu deveria retribuir o abraço ou não? Bom,
independente do que ele vai pensar sobre isso eu vou retribuir. Passei
meu braço pela cintura dele e olhei para o seu rosto, quando o vi
sorrindo. Era assim que
éramos antes de nos odiarmos, éramos amigos... Namorados.
- JONAS, EU TE ODEIO! – e estamos nós brigando outra vez por motivos
idiotas. Se passaram duas semanas depois do dia em que me encontrei com Justin e Joseph naquele restaurante.
- Adoro te ver assim, Lovato – e lá estava ele me imitando e gargalhando.
- VAI... VAI TOMAR...
- Vou tomar? – ele me provocava.
- VAI TOMAR BANHO – e ele riu mais uma vez me deixando com mais ódio
ainda. – Preciso sair de perto desse troço.
– eu disse e saí andando batendo o pé e com cara de ódio. E ele, como
sempre, rindo da minha cara. Um dia nós estamos rindo e se divertindo,
no outro estamos brigando e quase se
batendo. Que coisa bipolar! Nunca tem algo certo. Ou eu o amo ou o
odeio, certo? Talvez eu o odeie por me fazer amá-lo... Será que eu o
amo? É tão bom vê-lo perto de mim... AI, EU PRECISO DE AJUDA!
Vanessa, o que eu faço?
Estava mais uma vez escrevendo no papel.
Quer saber de uma coisa, Demi?
VOCÊ O AMA ! Entenda isso, amiga.
Li e reli o que Vanessa havia mandado para mim. Será que eu o amava
mesmo? Acho que não. Mesmo ele sendo muito importante para mim, lindo,
engraçado, amigo, fofo, mesmo eu o odiando... Ah cara, não me diz que a
Vanessa está certa. Ele não me ama e eu sei disso, seria idiotice tentar!
Não dá, Van.
Ele não me ama e talvez eu também não o ame.
Arrã, Demi. Ainda tenho dúvida de que ele não conseguiu te esquecer.
Desde quando vocês... Bom, desde quando vocês namoravam.
Não gosto de lembrar esta fase...
A fase que vocês eram felizes? Não gosta de lembrar-se de uma fase que foi boa pra você?
Ai, Van... Por que você faz isso comigo?
Fazer o que? Não quer que eu te diga a verdade?
O sinal tocou e fomos todos para casa. Precisava descansar pensar no que ia fazer, refletir sobre meus sentimentos.
- Posso ir com você, Demi? – Vanessa veio saltitando para perto de mim.
- Claro! Vai dormir lá em casa hoje? Podemos vir juntas para o colégio
amanhã. – Queria passar um pouco de tempo com a minha amiga, sabe passar
a noite em claro conversando, rindo... Estava precisando um pouco
disso.
- Me parece uma boa ideia! – ela sorriu – Vou ligar para minha mãe, ver
se eu posso – no mesmo momento ela pegou o celular e ligou.
- Lovato! – Joseph sorriu.
- Hey, Jonas! – acenei e ele se aproximou.
- Tudo bem?
- Tudo sim e você?
- Ótimo.
- Vai sair? – perguntei como quem não queria nada.
- Não, e você? Vai? – ele também pareceu indiferente.
- Só ficar em casa com a Van.
- Hmmm... – ele colocou a mão no bolso.
- Amiga, amiga! Minha mãe deixou! – Vanessa veio correndo para perto de nós e eu sorri pela boa notícia.
- Vamos então, Van? – virei para Joseph – Tchau, até amanhã – e dei um
beijo em sua bochecha. Ele retribuiu dizendo tchau também. Fazia um bom
tempo que eu não fazia isso com ele, depois de nós nos separarmos por
causa daquela garota idiota eu me separei bem dele e não tivemos mais
contatos desse tipo.
Liguei o carro e voltei para casa conversando com minha melhor amiga.
Capítulo 4 - Cartas?
- Amiga, você o odeia? – Vanessa perguntou sentando a cama e pegando meu travesseiro laranja com detalhes em branco, era o que ela mais gostava. - Sim Vanessa, eu o odeio - sentei ao seu lado pegando uma pequena almofada branca.
- Mesmo? – ela mexia no travesseiro. Van sabia que eu ainda sentia algo
por ele. Bom, acho que todos sabem... Eu deixo tão claro assim? Talvez
eu devesse fazer com que ninguém percebesse, que ninguém nem pensasse
nessa hipótese.
- Sim. – sorri para ela, mas ela me olhou com uma cara de desconfiada.
Eu sabia que ela não ia cair. Ela me conhece há anos! Talvez ela eu não
consiga enganar, mas quem sabe os outros? Vou pensar bem nisso depois –
Ok, Vanessa. Eu o odeio, mas também não é só ódio que eu sinto por ele. –
afoguei minha cabeça na almofada sentindo o perfume que lavada, depois senti também a mão de Van na minha cabeça.
- Fala pra ele, Demi. Conta o que sente! – parecia que ela queria me consolar. Sua voz era calma. Levantei a cabeça.
- Como se ele fosse querer algo comigo! – falei como se fosse uma coisa óbvia e ela sorriu.
- Ele quis uma vez, Demetria. Se ele te perturba tanto! Entenda que você tem chance! – Vanessa tacou o travesseiro em mim e eu sorri tacando nela de volta e assim começou uma guerra de travesseiros;
A sorte é que eles não eram de pluma, senão eu teria que arrumar tudo antes da minha mãe chegar.
- Bom dia, minha gente linda! – Joseph parecia feliz quando chegou.
Sorriu e mexeu no cabelo, seu perfume invadiu meu nariz trazendo uma
ótima sensação e me deixando arrepiada.
– Oi, Jonas.
- E aí Joseph, tudo na boa? – Harry o cumprimentou enquanto Van me
estudava, examinando todas as minhas expressões quando eu me aproximava
dele... Bom, do jeito que a conheço é, com certeza isso.
- Pô, cara, tudo ótimo e contigo? – Joseph respondeu Harry, mas eu não quis prestar atenção no resto da conversa.
Depois de uma longa conversa o sinal tocou e fomos todos para sala.
- Trabalho em dupla, valendo nota! – a professora falava o que tínhamos que fazer eu estava com a cabeça apoiada na mesa.
- Amiga, tudo bem se eu fizer com o Harry? – Vanessa se aproximou de mim e colocou a mão no meu ombro
- Tudo, fofa – continuei com a cabeça abaixada e Van foi em direção ao namorado.
- Sozinha? – Joseph se aproximou de mim e sentou na cadeira que estava na frente da minha.
- Sim, Vanessa vai fazer com o Harry – levantei a cabeça e fiquei com
medo do meu rosto ter ficado marcado, mas acho que estava normal, se
estivesse com algo errado com certeza Jonas estaria rindo de mim.
- Também estou – Joseph fez cara de triste.
- E o Justin, Diego...
- Eles vão fazer juntos. Acho que sobrei – ele manteve a cara de triste.
- Bom, acho que também – olhei para Vanessa que estava rindo e abraçada com Harry.
- Então vamos fazer juntos! – ele levantou e foi pegar seu material me deixando falando sozinha.
- Claro! Por que não? – falei para mim mesma e depois ri da situação.
- O que tem que fazer, professora? – Joseph perguntou com o material na mão.
– Vocês terão que escrever um texto e mandar para mim até amanhã. – a professora o respondeu.
- Pode fazer lá fora? – um aluno gritou para a professora.
- Sim, sim – ela balançou a cabeça respondendo a pergunta.
- Ta bom ali? – Jonas apontou para um gramado que tinha no pátio do colégio, com uma árvore e algumas duplas fazendo o trabalho.
- É... Gostei – sorri e sentei em um canto do gramado, abri meu caderno peguei minha caneta.
- Por onde começamos? – Joseph sentou ao meu lado e ficou olhando minhas folhas.
- Ér, eu tive uma ideia, mas esquece. – abaixei a cabeça e corei.
- Hey Demi, fala – Jonas estava com uma voz doce e eu levantei minha cabeça.
- Esquece, talvez não seja uma boa ideia. – e depois falei muito baixo, para ele não ouvir –
Para nós.
- Por favor, fala – ele segurou meu queixo e eu olhei freneticamente
para seus olhos que me deixavam hipnotizada. Eu me aproximei de seu
rosto sem que eu quisesse e ficamos a centímetros, agora foi a fez dele
se aproximar e nossos lábios quase se tocaram quando eu percebi o que
estava fazendo e me afastei pigarreando e o vi corar, pela primeira vez –
Ér... Não vai falar?
- Ok, ok – me distanciei mais um pouco por precaução – Podemos pegar um
bom texto daquelas... – abaixei um pouco a cabeça por vergonha – Bom,
aquelas cartas que você me mandava, quando... Quando
na-namorávamos – gaguejei ao falar a última palavra e ele percebeu. Por
que era tão difícil falar isso? Foi apenas uma fase! Ponha isso na
cabeça, Demetria Lovato.
- É... – ele começou a arrancar a grama – Podemos fazer isso.
- Ok, então – sorri – Quando acabar a aula você vai lá na minha casa e fazemos o texto.
- Espera aí. Você tem as cartas? – Joseph parou de arrancar grama e olhou para mim espantado.
- Ér... Eu guardei, caso precisasse – “Ok, não foi a melhor desculpa, Demi” pensei. E Joseph sorriu.
- Eu sei que você me ama. – ele fez uma cara de poderoso e riu depois, acabei rindo também.
Depois de uns bons tempos de aula que acabaram comigo, finalmente fui para casa, com Joseph.
-
There's only 1 way, 2 do, 3 words, 4 you. – Joseph cantarolava a música que havia cantado no
último trabalho que tinhamos feito enquanto chegávamos ao meu quarto.
- Aqui! – peguei uma das cartas em um mural junto com fotos – Que tal essa?
- Deixa-me ver – falou e no mesmo instante pegou a folha da minha mão. Ele leu e olhou para mim – Tem certeza?
- Ah, é bonito – eu puxei a carta da mão dele – Eu gosto destas frases – li o que estava escrito.
- Sério? Eu acho idiota – ele sorriu envergonhado.
- Que nada. – sorri para ele.
- Vai usar que frase?
- Que tal essa? – mostrei para ele.
-
Seu sorriso era algo que me envolvia, me fazia bem ouvir sua voz,
sentir
seu abraço, sempre queria estar ao seu lado. Demorei a descobrir o que
sentia
exatamente, evitava pensar, mas era algo que constantemente vagava minha
mente.
Passei a ignorar o que meu coração sentia, mas o tempo foi passando e eu
perdi a noção. Hoje já é tarde... É tarde para ver o sol e tentar
alcançá-lo, tarde para fugir, feito novamente uma criança. Tarde para
dizer que resta esperança... É tarde para dizer a você o quanto é bom
estar contigo e confessar que era você o meu abrigo. – ele leu e eu fiquei o encarando como se ele falasse isso para mim, meu coração disparou e eu corei.
- Tudo bem, Demi? – ele perguntou me vendo bem corada.
- Não, mas esquece – eu abaixei a cabeça e fiquei vendo nossos pés, até
que os dele se aproximou dos meus e eu arregalei os olhos.
- Me fala, por favor – ele sussurrava perto da minha cabeça e eu entrei em pânico.
- Ér… – eu abaixei a cabeça e senti que ele olhou para mim – Eu… –
hesitei em falar – EU TE AMO! – levantei a cabeça e vi que ele me olhava
espantado.
Eu não devia ter falo isso, não devia ter feito isso, ele não me ama!
Por que eu tive que falar? De repente seu rosto foi se aproximando do
meu, cada vez mais perto, comecei a sentir seu perfume doce, o cheiro
invadiu meus pulmões, comecei a sentir sua respiração perto do meu
rosto, cada vez mais próximo, cada vez mais forte e mais quente.
Soltei um suspiro de prazer e meu coração acelerava cada vez mais,
parecia que
ia explodir e, finalmente, nossos lábios se encostaram; Eles estavam
quentes e cada vez mais pressionados, eles me lembravam o passado,
quando isso era parte da minha rotina, do meu dia-a-dia, quando éramos
namorados, quando ele me escrevia cartas, falava que me amava
e que eu era a única na vida dele... De repente aparece uma garota
idiota que diz ser uma antiga namorada dele e, simplesmente,
ACABA COM O NOSSO NAMORO e eu fiquei por dias chorando; Sem
querer comer, sem quere viver, mas agora eu voltei.
Voltei àqueles dias que eu era feliz com um garoto lindo sempre ao meu
lado, sorrindo, me amando... Nossos lábios se separaram e encostamos
nossas testas.
- Vou admitir que sentia saudade disso. – ele sorriu e me beijou novamente, me arrepiando toda. Eu sorri e corei –
Sabe... Agradeço muito a essa carta.
Capítulo 5 - Quem é essa?
Acordei me sentindo a pessoa mais feliz do mundo. Tomei um banho bem
demorado e prazeroso, me arrumei e fui feliz para o colégio, pensando em
como foi perfeito o dia de ontem, a carta, os beijos... “Eu prometo
nunca mais te deixar de novo, Demetria”. Joseph havia falado esta frase
que ecoou em minha mente desde ontem, prometendo que não ia me deixar,
que o que havia acontecido com a gente nunca mais acontecerá.
- Oi, meus amores! – falei assim quem cheguei na rodinha que tinha Joseph, Vanessa e Harry.
- Oi, linda! – Van me abraçou e eu retribui o abraço – Nossa, esta cheirosa e feliz! O que houve com você, Demi? Não te vejo assim há muito tempo – Nesse momento olhei para Joseph que sorriu para mim, mas ele não parecia tão feliz.
- Nada, amiga. Deixa-me falar com os outros, Van – Mme soltei dos braços dela e dei um beijo na bochecha de Harry virando para
Jonas. Ia dar um selinho nele, porém ele virou o rosto e eu beijei sua
bochecha. O que aconteceu com ele? Por que ele está assim? O que eu
fiz?
- Hey, dudes! – Justin e Diego se aproximaram do grupo. Diego me cumprimentou, mas Justin nem se aproximou de mim! Apenas me olhou com desprezo. Bom... Sinceramente, nunca achei o Justin uma pessoa normal e feliz, apenas sai com ele para ver se esquecia o Jonas. Ta, ta, eu sei que isso não é uma coisa muito legal, mas eu estava precisando disso.
- Diego! – Joseph gritou o nome de seu amigo – Vem cá, cara – disse o levando pra dar uma volta.
- Demi, posso falar com você um instante? – Harry se aproximou de mim e eu achei isso um pouco estranho.
- Sim, claro! Vamos pra lá – falei vendo a Vanessa me olhar com cara de dúvida.
- Eu queria levar a Vanessa para passear um pouco, pedir ela em namoro sério, firme mesmo –
Harry gesticulava com as mãos e parecia um pouco nervoso com a situação
que nos encontrávamos. Como eu já disse, ele já foi o meu melhor amigo,
mas, agora, já faz um tempo que ele não fala comigo assim, diretamente –
o que eu posso fazer?
- Ah, a leva para um piquenique, ou algo fofo e romântico – eu mexi no cabelo –
Compra um anel para ela, acho que ela vai amar isso.
- Sério? – ele sorriu empolgado.
- Claro! Duvido ela não aceitar! – sorri para ele e o sinal para o começo das aulas tocou.
O que vocês estavam falando?
Estava conversando no papel com a Vanessa.
É segredo, Van.
Então, não vai falar pra sua melhor amiga?
Claro que não! O segredo é dele!
Poxa! Não vai falar mesmo?
Espera aí que vou pensar... NÃO!
Ah, chata! :@
- Demetria, posso falar com você? – Joseph se aproximou de mim na saída e eu apenas o olhei com curiosidade.
- Claro, Jonas – ele olhou para mim e neste momento aparece uma garota
um pouco atrás dele. Eu não sabia bem quem era, mas ela me parecia
familiar.
- Eu queria que... – ele foi interrompido pela garota estranha-mas-familiar.
- JONAS! – a menina gritou o nome dele, fazendo com que ele olhasse rapidamente como se conhecesse aquela voz.
- O que você ta fazendo aqui? Eu falei para você não aparecer no colégio! – Joseph parecia brigar com a menina.
- Desculpa, meu amor – ela fez biquinho de triste e a palavra ”meu amor”
fez com que eu sentisse algo horrível no meu peito, tipo ódio mesmo.
- Ai, Raven volta pra casa! – Jonas a olhou com raiva. Espera aí, Raven? É ela? É mesmo ela que acabou comigo? O QUE ELA ESTA FAZENDO AQUI? Olhei para o Joseph com um olhar de surpresa e ele percebeu – Demi, vem cá rápido – ele me puxou para um canto.
- O que ela ta fazendo aqui? – perguntei sem esperar chegar no canto.
- Ela está com um problema.
- Por que não me avisou?
- Eu ia avisar... Depois.
- Depois? Depois quando? Quando ela aparecesse e acabasse com tudo DE NOVO?
- Não, Demetria.
- Jonas!
- Você também quer o que? Que eu faça tudo perfeito? Porque eu NÃO sou
perfeito, ok? – ele levantou um pouco a voz, o que me assustou.
- Ah, Jonas! Por favor, né? Você quer que ela “roube um beijo de você de
novo” – fiz aspas com as mãos, pois era o que ele tinha dito como
desculpa pelo que eu tinha visto.
- Eu não a beijei e você sabe disso.
- Não. Os seus lábios estavam juntos a toa! – fui irônica
- Demetria, eu não estava bem! Eu estava bêbado!
- Bêbado, bêbado... – fiz cara de tédio e ele já estava vermelho de raiva.
- Não importa, eu não quero saber mais de você, Lovato.
- Ótimo, assim vocês podem ser felizes. Sem Demetria Lovato no meio.
- Eu estou ajudando ela!
- O que ela fez? Destruiu outro namoro? Por favor, Jonas! – nem estava
com vontade de saber o motivo do retorno daquela... Daquela... Daquela
garota. E o que mais me espantou foi que ele nem me segurou, me puxou ou
me agarrou. Apenas me deixou ir.
E eu fui.
- E agora ele tem que ficar com aquele troço na casa dele? – eu estava falando ao telefone com Vanessa, minha conselheira.
- Você nem sabe o motivo dela estar lá, Demi – Vanessa e seu lado completamente diferente do meu.
- Sim, eu não sei o motivo, mas custava ele me falar?
- E ele teve chance?
- Ele estuda na mesma sala que eu, tem os mesmos amigos que eu. Acho que ele teve chance, Van.
- É, dessa vez você está certa.
- Só dessa vez, Vanessa?
- Só, Demi. – depois de uma longa conversa de amigas eu desliguei e fui para a cama.
-
I love you one, two, three, shooby-doo – eu me aproximei de Vanessa que estava em um banco ouvindo música no seu mp4.
- Ah, oi Demi – ela reparou que eu me aproximava e levantou a cabeça.
- Cadê ELE, amiga? – falei apenas ELE e ela já entendeu de quem eu falava.
- Não apareceu até agora – ela parecia indiferente e eu não acreditei que ia passar um dia sem ELE.
Sim, eu passei um dia sem ELE e ELE não saiu da minha cabeça, mesmo sabendo que
Joseph estava com aquela idiota de Raven! Mesmo eu odiando isso. O sinal
da saída tocou e eu fui para casa,
o dia seguinte era sábado e eu queria aproveitá-lo em casa, sem nada
para fazer... Comecei a andar mais rápido e de cabeça baixa até que
sinto algo na minha frente.
- O que você ta fazendo aqui? – perguntei para a pessoa na minha frente.
- Estou procurando o Joseph, ele não apareceu em casa ontem – ela respondeu e eu entrei em transe. Onde ele está? Será que esta bem? AI MEU DEUS!
- E POR QUE VOCÊ NÃO PROCUROU ONTEM, SUA BURRA? – entrei em choque ao
pensar que ele estava por ai e eu não faço a mínima ideia de onde ele
pode estar.
- ELE PODIA ESTAR FAZENDO ALGUM TRABALHO, SEI LÁ! E PARA DE ME XINGAR
PORQUE EU ESTOU FALANDO DIREITO COM VOCÊ! – ela levantou a voz e eu
fiquei vermelha de raiva - ESTÁ ASSIM POR QUE? AINDA TA IRRITADA POR EU
TER ROUBADO SEU NAMORADO? – foi nesse momento que eu não aguentei e dei
um tapa no rosto dela e foi assim que começamos uma rápida briga, que
foi separada pela Van.
- O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO? VOCÊS ESTÃO NO COLÉGIO! – Vanessa tentava separar. E eu voltei ao meu normal junto com a Raven –
O que aconteceu? – Van perguntava.
- O Joseph sumiu! – Raven se manifestou rapidamente.
- Liga para o Harry, talvez ele saiba aonde o Jonas esteja – Vanessa pegou o celular e discou o número do seu namorado e saiu. Depois de um tempinho ela voltou –
Ele não está com o Harry. Nem com o Diego e Justin.
- AI MEU DEUS, O QUE VAMOS FAZER AGORA? – Raven se desesperou o que me
deu mais ódio, talvez isso não estivesse acontecendo se ela não
estivesse aqui.
- VAMOS PROCURAR ELE! – Vanessa me pegou pelo braço e me levou até meu carro.
- Mas aonde ele deve estar? – perguntei sem saber pra onde ir.
- Pensa, em que lugar ele gostava de ir? – Van parou para pensar e eu também.
- EU NÃO FAÇO A MÍNIMA IDEIA! – gritei para Vanessa que me bateu rindo.
Ficamos procurando por ele por um bom tempo. Até que vi um garoto muito
parecido com ele atravessando uma rua.
- JONAS? – gritei pela janela e o garoto olhou para mim, mas vinha um
carro exatamente atrás dele – AI MEU DEUS, NÃO! – gritei e ele olhou
para o carro que estava muito perto. Abri a porta do carro correndo, já
que o sinal estava fechado e fui correndo na direção dele, mas não ia
dar tempo de tentar salvá-lo – JONAS, NÃO! – fechei os olhos para não
ver a cena e só ouvi um barulho, uma lágrima caiu do meu olho e eu não
queria abrir os olhos novamente, queria apenas acordar daquele pesadelo.
Capítulo 6 - De novo? Vai voltar a ser tudo como era antes?
Abri os olhos novamente e vi que aquilo não era um pesadelo e ele estava
no chão, caído e o carro que o atropelou não estava mais lá.
Simplesmente entrei em choque. Vanessa se aproximou de mim e colocou a mão nas minhas costas
enquanto eu chorava muito.
- Vamos, amiga. Vamos levá-lo para o hospital – e nesse momento pensei
que ele ainda tivesse chance, então sai correndo em sua direção e o vi
horrivelmente machucado. Seus olhos estavam fechados o que me dava mais
medo
era de estar morto. Raven apareceu perto de mim falando no telefone,
devia estar ligando para a ambulância, Vanessa apareceu logo atrás.
Queria muito tocá-lo e o tirar dali o mais rápido possível, mas não
podia fazer isto, o que me deixava mais agoniada. Depois de um tempo a
ambulância chegou e o levamos para o hospital.
- Como ele está? – me levantei assim que o médico saiu da sala.
- Ele bateu a cabeça e se machucou muito, mas já vai estar em alta – ele me respondeu e todos assentiram.
Estavam todos no hospital esperando a melhora de Joseph: Vanessa, Harry, eu, Justin, Diego e Raven, junto com o Senhor e a Senhora Jonas.
- Harry, Demi, vamos? – Vanessa perguntou olhando o relógio.
- Vamos – Harry concordou com Van.
- Eu não vou agora, Vanessa – respondi – Ficarei mais um pouco.
- É melhor ir para casa, Demetria. Olha como você está! – olhei para minha roupa suja.
- Eu vou ficar bem, sério.
- Quer que eu fique com você? – Diego entrou na conversa.
- Não, eu estou bem.
- Tem certeza? – ele insistiu e eu repeti que não ia agora.
- Ok, então – Vanessa foi com Harry e logo depois sairam Justin e Diego.
- Eu vou pegar algo para beber – me virei para os pais de Joseph.
- Vai, querida – a mãe respondeu.
Fui caminhando até um local que tinha água, bebi um pouco e sentei em um
banco que tinha em frente a uma televisão com um volume baixo, o banco
era confortável. Tentei prestar atenção no que passava na TV, como
estava em um volume muito baixo, tentei também entender os que os
personagens falavam.
Acordei suando, estava muito calor e vi que acabei dormindo naquele banco. Voltei para onde estava Raven e os pais de Joseph, mas eles não estavam mais lá. O médico saiu novamente da sala que estava o Jonas.
- Posso visitá-lo, senhor? – perguntei apontando para o quarto.
- Sim, pode ir. – no mesmo instante entrei no quarto e vi que o rosto de Joseph estava melhor, mas mantinha os olhos fechados o que me deixava com uma sensação horrível e o rosto machucado.
- Jonas. – sussurrei seu sobrenome e passei a mão, de leve, no seu
cabelo. O olhei por um bom tempo até que vejo sua boca mexer, mas nenhum
som sair – Jonas? – me aproximei mais do rosto dele.
- Demetria... – ele falou demonstrando dificuldade em fazer sua voz sair.
- Jonas! – falei feliz em ouvir sua voz, mesmo ela estando rouca e vi
que seus lábios se esticaram formando um sorriso e abrindo os olhos que
olharam fixamente para o meu, me deixando hipnotizada com o seu olhar
perfeito.
- Desculpa, mas é melhor ele dormir agora – a enfermeira entrou no
quarto – Amanhã ele vai para casa e vocês conversam melhor. – ela sorriu
simpática e eu retribuir o sorriso.
- Tchau, Jonas.
- Tchau, Demetria – a voz de Joseph saiu rouca novamente.
- Demetria? Ela é a que você sussurrava o nome de dez em dez minutos? – a enfermeira comentou e eu olhei para
Joseph com cara de espanto e interrogação quanto ele ficava vermelho –
Ah, desculpa. – a enfermeira percebeu que falou de mais. Meu coração
disparou e eu deixei escapar um sorriso, estava mesmo feliz em saber que
era o meu nome que ele chamava sempre.
- Bom, vou indo. Tchau – saí antes dele se despedir sorrindo e não olhei para trás, mas Joseph devia estar me olhando.
- Filha, tem uma visita para você. Acorda – senti a mão da minha mãe na
minha cabeça e abri lentamente dos olhos, sentindo uma claridade muito
forte e percebi que a cortina estava aberta.
- Quem é, mãe? – cocei os olhos e levantei devagar tirando o lençol de
cima de mim e percebendo que estava um pouco frio, mesmo com o sol do
lado de fora.
- Desce e vê, oras – minha mãe desceu e me deixou sozinha no quarto.
Peguei a primeira roupa que vi e fui ao banheiro tomar um banho rápido,
escovei os dentes e desci a escada.
- Ah! Obrigado, senhora – a voz de Joseph ecoou pela sala e meu coração
disparou, eu vi tudo preto por um instante e depois tudo voltou ao
normal, desci mais um degrau e Joseph me viu, seu rosto tinha alguns machucados ainda e seus olhos pareciam brilhar olhando para os meus.
- Demetria! – ele me cumprimentou enquanto eu descia a escada.
- Hey, Jonas – sorri para ele, que sorriu de volta.
- Jonas? Por que você chama o Joseph pelo sobrenome? Nem eu o chamo assim! – minha mãe comentou e eu percebi que sempre o chamei de Jonas, sempre.
- Ah, mãe – não queria responder a pergunta dela – Me deixa, vai – Joseph riu de mim.
- Bom – ele se virou para mim – Demi, eu vim aqui para conversar com você, pode ser agora?
- Claro! Vamos lá para cima. – o puxei pelo braço subindo a escada.
- Pode falar, Jonas. - falei assim que pisei no ultimo degrau da escada.
- Eu queria agradecer por ter ido ao hospital e ter ficado lá, por mim. – ele se aproximou de mim assim que chegamos ao quarto.
- Ah, tudo bem... – ia continuar a frase, mas ele começou a falar me impedindo.
- Eu sei que não merecia isso, você saiu irritada pela nossa briga, mas
ela não está na minha casa porque eu quero, eu tenho que ajudá-la, ela
está em um momento difícil.
- Que momento difícil? Ela infernizou a vida de alguém, como infernizou a
minha, e agora está fugindo da pessoa? – perguntei de braços cruzados e
sentei na minha cama com cara de ódio.
- O pai dela morreu – ele sentou ao meu lado – e ela não tem para onde
ir. - Nesse momento eu parei, ela estava em um momento difícil e eu
aqui dando uma de maluca. Abaixei a cabeça e ele colocou a mão no meu
ombro. – Eu não vou deixar você – assim que ele terminou de falar isso,
levantou a minha cabeça com a mão e se aproximou lentamente de mim,
selando nossos lábios e novamente me arrepiei com isso.
Ele tentou aprofundar o beijo, mas não deixei de início, fazendo com que
ele tentasse mais uma vez e vencendo na segunda. Ficamos nos beijando
por um tempo até que seu telefone tocou – Ah, que ódio! – ele retirou o
telefone do bolso da calça de um jeito bruto. – Alô? – com uma mão ele
segurou o celular e a outra foi lentamente até minha cintura, fazendo
com que eu não prestasse mais atenção em nada.
- Demetria? – ouvi sua voz me chamando.
- Oi, Jonas – voltei à Terra, depois de uma longa viagem em pensamentos.
- Tenho que ir para casa. Te vejo no colégio – ele levantou devagar da cama e me beijou.
Um beijo bem demorado.
- Eu te levo até a porta – levantei da cama e descemos as escadas.
- Tchau, Demi. – Joseph me beijou mais uma vez.
- Tchau, Jonas. – fechei a porta e encostei as costas nela, fazendo cara
de apaixonada, quando vi que minha mãe olhava para mim de braços
cruzados.
- Conheço essa cara, Srta. Lovato – ela sorriu para mim.
- Ih, manhê! Não vem não. – saí de perto da porta e fui andando até o quarto.
- O Joseph é legal. Ele eu deixo você namorar. – minha mãe falou e voltou à cozinha.
Ela não sabia que eu já havia namorado com ele. Para ela nós éramos apenas
grandes amigos.
- Arrã, mãe. Ta bom. – subi as escadas e deitei na cama do meu quarto.
Peguei um livro e comecei a ler. Depois desci devagar e fui para a
cozinha comer alguma coisa, meu estômago já estava roncando e minha mãe
estava lá, na cozinha, sentada na mesa
e com o notebook ligado.
- Oi, mãe. – andei até a geladeira, procurei algo para comer – Beleza?
- Oi, filha – minha mãe teclava no notebook – Nem parece que me viu há pouco tempo atrás.
- Ih, que estresse! – peguei um pedaço de bolo que tinha e botei em cima
da mesa ao lado dela. Comi e fui para o meu quarto, liguei o computador
e fiquei lá por um tempo.
My number one
(Meu número um)
You're givin' me everything I need
(Você me dá tudo que eu preciso)
But some things still are better with
(Mas algumas coisas são melhores com)
My number two
(Meu número dois)
He's the one that really makes me feel ---so good
(Ele é o único que me faz realmente sentir a sensação - isso é bom)
I'm so in love with two
(Eu estou apaixonada por dois)
Meu celular tocou e eu tentei o ignorar quando percebi que era uma mensagem. Peguei e vi que era do Joseph, li rapidamente:
Que tal vir aqui daqui a pouco?
Beijos, Joseph.
Levantei, tomei banho, comi algo, escovei os dente, peguei uma das
melhores roupas que tinha, passei um perfume e liguei o carro.
- Jonas? - perguntei tocando a campainha e ninguém respondeu – JONAS? – gritei e encostei na porta, fazendo com que ela se abrisse –
Ops – sussurrei quando quase cai para dentro de casa. A luz da sala estava acesa, então devia ter alguém em casa.
- Ai, Joseph – a voz de Raven veio do andar de cima e eu subi devagar até o quarto, passando por um corredor, senti um
Deja Vú e achei isso um pouco estranho, quando viro para o quarto de
Joseph e vejo Raven beijando ele e ele BEIJANDO ela. É, hoje em dia não
se pode mais acreditar em promessas, não se pode mais acreditar em nada,
em nada.
Fechei os olhos e as lágrimas desceram rapidamente molhando meu rosto
quase
todo. Saí correndo da casa, liguei o carro e fui desesperadamente para
casa, mas minha cabeça não estava para dirigir então parei em um
estacionamento e comecei a chorar muito, muito mesmo.
Capítulo 7 - A última chance. A última.
Minha cabeça já estava doendo de tanto chorar, mas eu não conseguia voltar
para casa. Ele estava a beijando de novo, do mesmo jeito que havia acontecido
antes: eu ia a casa dele e passava pelo maldito corredor, virava para o quarto e
o via beijando aquela garota que só vivia para me atormentar; E ela estava fazendo isso de novo, do mesmo jeito.
Levantei devagar até o carro e tentei me recompor do que aconteceu, eu
não podia ficar assim por causa de um pegador sem coração.
Entrei no carro e abri o vidro, quando ouço gritos chamando o meu nome, olhei pelo retrovisor e vi que
Joseph estava correndo desesperadamente até o carro. As lágrimas
desceram novamente pelo meu rosto e eu liguei-o. Ia acelerar o deixando
lá trás,
mas ele apareceu no vidro segurando o carro.
- Demetria, não foi isso que aconteceu! Por favor, me escute! – ele
suplicava na porta e a vontade de acelerar o carro e deixar ele ali era
muito grande.
- Ah, e o que aconteceu dessa vez? Ela te beijou a força novamente? – fiz cara de deboche e desliguei o carro.
- Fez! Me beijou assim que você chamou na porta. – ele segurou mais
ainda o vidro, acho que ele saiba que eu ai sair dali, então tentou me
prender lá.
- Não vou perder o meu tempo ouvindo idiotices suas não, Jonas – eu liguei o carro novamente.
- Não, Demetria! Confia em mim! – o seu rosto era de desespero.
- Você prometeu, e a beijou. Acha mesmo que eu vou confiar em você? – acelerei o carro e fui embora o deixando para trás.
Que ele fique com aquela cobra, que morra com ela, não quero mais perder o meu tempo com aqueles dois frustrados.
Cheguei em casa e me tranquei no quarto, fiquei um bom por lá. Não queria mais pensar no
Joseph, mas ele não saia da minha mente. Tomei um banho demorado, peguei
um livro bom e muito grande, para deixar minha mente ocupada por um
tempo e deitei na cama para ler. Escutei a campainha da porta tocar,
desci as escadas e odiei a minha mãe por não ter comprado uma porta com
olho mágico. Abri a porta e dei de cara com Joseph com um rosto de
desespero e todo molhado de chuva. O cheiro de terra molhada invadiu a
sala e eu limpei as lágrimas do meu olho rapidamente, me achando uma
idiota por pensar que ele não ia perceber que eu tinha chorado. Esperei
ele dizer alguma coisa, mas ele apenas olhava fixamente para mim. Sem
dizer nada. Segurei a porta e a empurrei para fechar na cara dele, porém
ele segurou.
- Demi... – ele abriu de novo a porta, empurrando-a contra mim.
- Demetria. – eu o corrigi, não queria que ele me chamasse pelo apelido, não nessa situação que nos encontrávamos.
- Me desculpa, tá? Ela me beijou! Eu não gosto dela. Não é dela que eu gosto! É de você. Você...
- Não é de mim, Jonas... Quando eu cheguei lá vocês estavam se beijando. Não é de mim que você gosta.
- Demetria, se eu não te amasse você acha mesmo que eu ia vir até aqui a
pé, na chuva, só para tentar explicar que você é a mulher da minha
vida? Que a Raven é uma problemática que só quer acabar com o nosso
amor? Poxa, eu te amo! Amo seus olhos, seu cheiro, seu cabelo, seu
jeito. Quando nós namorávamos, ela me beijou e acabou com o nosso
relacionamento, eu sofri e muito. Eu te perdi e não vou perder
novamente. Não vou.
Ele se aproximou e eu fiquei sem reação. Joseph segurou meu rosto e me
beijou. Seu corpo estava gelado por causa de chuva, mas eu não liguei,
só queria aproveitar esse momento. Ele me beijava intensamente e eu não
conseguia me separar dele, mas eu tinha que fazer isso, precisava.
Empurrei-o para longe de mim.
- Demetria, eu... – ele ia começar a falar, mas parou assim que sentiu
sua bochecha arder por causa do tapa que dei em sou rosto. Ele colocou a
mão na bochecha e olhou para mim com cara de dor. – Desculpa, eu sou um
idiota mesmo... Eu merecia isso e sei disso. Vou te deixar em paz.
Adeus.
O adeus que ele disse, me fez desabar.
Cai no chão e comecei a chorar descontroladamente, não conseguia
suportar perdê-lo, de novo... Pelo mesmo motivo, do mesmo jeito. Ele ia
embora e eu ia me sentir como se tivesse perdido uma parte de mim.
- Demetria, por favor. Me dá uma chance, só essa. Eu vou expulsar ela da
minha casa e nunca mais vou vê-la! Por favor, só uma chance. Eu te amo –
ele chorava assim como eu – Eu te amo de verdade. Fica comigo.
Eu não sabia o que fazer. Eu o amava, mas ele tinha beijado outra. Se eu desse a chance, ele ficaria comigo de verdade?
Não tinha outra escolha. Eu o amava.
- Você é um idiota, como pode fazer isso comigo? – eu falava entre
soluços – Eu te amo! Você não pode me fazer sofrer assim... Você
prometeu!
- Desculpa. Eu juro que agora vai ser diferente. Ela sai da minha casa e da
minha vida hoje ainda. – ele se aproximou de novo, mas esperou eu o beijar. Ele
não queria levar outro tapa, acho. E foi o que eu fiz, o beijei, beijei de novo
e mais uma vez... E ficamos assim por um bom tempo.
- Vai, minha mãe já vai chegar! – eu o empurrei para fora de casa.
- Ei – ele parou e olhou para mim.
- Que foi?
- Eu te amo. – ele falou, depois sorriu e me beijou de novo.
- Tchau, seu chato. – sorri para ele e o empurrei de novo para fora de casa.
Fechei a porta e me encostei nela, sorrindo abobada. Dessa vez Joseph era meu e não ia o deixar escapar de novo.
Abri a porta devagar e o vi pulando e dançando no meio da rua. Sorri, fechei a porta e subi para meu quarto.
Capítulo 8 - Altas emoções!
Passaram-se semanas e tudo estava do mesmo jeito. Perfeito. Eu estava com o Joseph. É, ele não me deixou como eu pensei. Vanessa e Harry firmes e fortes, como sempre. Acho que eles foram feitos um para o outro, que dure para sempre. Justin e John? Nunca mais vi, mas soube que estavam em uma vida boa, saindo em várias festas.
Peguei meu computador e fui mexer no meu e-mail. Nenhuma mensagem nova.
Meu celular tocou.
- Amor! – atendi Joseph.
- Oi, linda! Que tal sairmos hoje?
- Perfeito, aqui está tão monótono – fiz voz triste.
- Ok, pode ser agora? Sinto a sua falta.
- Claro! Minha mãe já deve estar chegando do trabalho. Vou falar com ela.
- Tá, beijo.
Abri o armário e peguei um lindo vestido. Terminei de me arrumar e desci as escadas ouvindo minha mãe abrir a porta.
- Filha, tenho uma notícia maravilhosa! – minha mãe gritou entusiasmada.
Abri a geladeira e peguei água.
- O que, mãe? – coloquei água no copo e me sentei na cadeira.
- Vamos nos mudar! Não é ótimo?
Nesse momento me engasguei com a água.
- Calma, filha! – ela se aproximou de mim e eu consegui me controlar.
- Vamos o quê? – disse ainda tossindo.
- Nos mudar! Eu consegui um lugar melhor para trabalhar – ela falou e sorriu.
- Mas e o meu colégio, meus amigos, minha vida nesse lugar?
- Vamos começar uma vida nova, Demi!
- Eu não quero uma vida nova!
- Desculpa, filha, mas isso é bom para nós duas.
Meus olhos ficaram embaçados e eu perdi a respiração. Subi correndo as
escadas com o pouco de fôlego que eu tinha e me tranquei no quarto. As
lágrimas desceram no momento que a porta fechou.
Eu ia perder tudo, justamente quando consegui ser feliz, quando tudo
estava perfeito eu tenho que me mudar e arruinar tudo novamente. Me
joguei na cama e comecei a chorar desesperadamente.
Quando me recuperei, desci as escadas e avisei para minha mãe que ia me encontrar com o Joseph.
- Demorou, hein! – ele falou assim que eu apareci.
- Oi, Jonas.
- O que houve?
- Minha mãe chegou com uma notícia horrível.
- O que?
- Vou me mudar.
- 'Peraí. Acho que escutei errado. Você o que?
- Eu vou me mudar, vou para outro lugar.
- Mas e a gente? – ele disse com cara de espanto.
- Minha mãe falou que eu vou viver uma vida nova – meu olho começou a
ficar embaçado e, dessa vez, eu não consegui segurar por muito tempo –
Não quero deixar você, amor.
- Eu também não, Demi. – ele quase chorou, mas se conteve.
Ficamos nos consolando até tarde da noite e depois voltei para casa.
Acordei com uma mensagem de celular.
Primeiro a chuva, depois o arco-íris. Sempre nessa ordem.
Beijos, Vanessa.
Chorei de novo. Com certeza Joseph contou para Vanessa. Eu ia me mudar hoje. Não podia fazer mais nada. Eu ai viver em outro lugar. Perder os meus amigos.
Chegou a hora, peguei as malas e vi Vanessa, Harry e Joseph na porta da minha casa.
- Amiga, você não sabe a saudade que vou sentir! – ela falou secando as lágrimas.
- Aaaaaaai, amiga! – a abracei – Eu tenho e-mail, se lembre disso.
- Demi, te desejo tudo de bom pra viagem e que tudo fique bem lá! – Harry me abraçou e eu retribui o abraço. – Sabia que sinto saudade das nossas conversas?
Isso me fez lembrar no meu passado, quando eu era amiga dele.
Conversávamos sobre tudo, era perfeito. Foi naquela época também que eu
namorava Joseph. Era melhor parar de pensar nisso...
Chegou a hora de falar com Joseph. Não acreditava que tudo ia terminar assim.
- Vou sentir sua falta, sabia? – ele disse me abraçando.
- Eu também, Jonas. Muita saudade. – retribui o abraço.
- Nem na hora de ir embora você me chama pelo nome?
- Você sabe que eu sempre te chamei assim, isso não vai mudar. – sorri.
- Te amo – ele me beijou.
- Também, Jonas – demorei em falar Jonas e ele riu.
- Tchau, Lovato. – ele sorriu.
- Tchau. Tchau, gente.
Entrei no carro e fui embora, deixando tudo para trás. Isso não podia
terminar assim, poxa! Eu fiz tudo para dar tudo certo e quando eu
consigo, vou embora? Droga.
A nova casa era linda, porém não era ali que eu queria estar.
- Mãe, vou pra praia.
- Tá.
Abri a porta e vi a praia em frente. Andei até a beira do mar e senti a
brisa no meu rosto e o som das ondas. Estava sol, mas não tinha quase
ninguém, pois o vento estava gelado.
Dei mais um passo e ouvi um barulho, olhei para baixo e vi um graveto.
Peguei e andei para mais perto da água, respirei fundo de comecei a
escrever na areia
“There's only 1 thing, 2 do, 3 words, 4 you: I love you”
A musica que Joseph e Harry fizeram a muito tempo para a aula ficou na minha mente, até porque foi com ela que eu descobri que gostava do Joseph. Olhei para a letra na areia enquanto a onda desfazia tudo. Assim que as letras saíram escrevi: “
As easy as 1, 2... 1, 2, 3, 4”
Queria que fosse mesmo tão fácil quanto 1,2,3,4. Pensei.
Olhei novamente e ouvi um grito, cada vez mais alto.
- Demetria! – consegui entender o que ele falava. Olhei para o lado e vi Joseph correndo na areia.
- Joseph? – cocei os olhos para ter certeza que era ele.
Ele chegou perto e me abraçou.
- Não ai conseguir viver sem você, linda.
- Eu não acredito que você tá aqui! – eu o beijei e depois ele sorriu.
- E dessa vez para ficar.
- Mas, mas você tem que ficar lá, sua vida é lá. – falei preocupada.
- Minha vida não é lá, – ele me olhou sério. – minha vida é com você.
Sorri e o beijei.
- Ah, Vanessa mandou um recado – ele parou para pensar qual era. – ela disse: “Já tá tudo pronto, vou te ver todo mês”
Quase chorei de felicidade. Joseph ia ficar comigo e Van ia me ver sempre.
- Vai ficar comigo pra sempre, Joseph? – sim, eu o chamei de Joseph pela primeira vez.
- Joseph, é? – ele riu – Vou ficar com você pra sempre.
O beijei.
Fim!
Goostaram? Bom gente, to começando agora, então eu espero sinceramente que tenham gostado ;x kk '
Quem gostou comenta, ook ? *-* '